Caso Celso Daniel

Celso Daniel (PT), prefeito de Santo André, foi seqüestrado na noite de 18 de janeiro de 2002 quando viajava em um jipe Pajero guiada pelo ex-segurança Sérgio Gomes da Silva. Dois dias depois, foi encontrado morto em uma estrada de terra a 78 km de São Paulo com marcas de tiro. O perito que examinou o corpo disse ao Ministério Público que Celso Daniel foi torturado antes de morrer.

A polícia civil de São Paulo foi encarregada inicialmente das investigações e seis meses depois encerrou o inquérito, concluído ter havido crime comum. O Ministério Público, a pedido da família, reabriu o caso e denunciou o ex-segurança e empresário Sérgio Gomes da Silva (o "Sombra") como um dos mandantes do crime. Com a reabertura do caso, a polícia voltou a investigar o crime. Sete acusados de terem executado o crime são detidos.

As investigações indicam que existia um grande esquema de cobrança de propina de empresários de transporte público em Santo André e que a morte de Celso Daniel provavelmente estaria relacionada a desvios de recursos públicos. O Partido dos Trabalhadores nega.

Na versão dos irmãos de Celso Daniel, o prefeito controlava o esquema de cobrança e foi morto ao tentar rompê-lo. O deputado José Dirceu foi apontado pelo irmão do prefeito morto, João Francisco, como o receptor do dinheiro desviado.